Isenção do Imposto de Renda 2026: quem vai se beneficiar e o que muda para lucros e dividendos
Data: 10/11/2025 17:07 - Atualizado em 21/12/2025 20:55
Entenda as novas regras da isenção do Imposto de Renda 2026. Saiba quem será beneficiado, o que muda para altas rendas e como funcionará a nova tributação de até 10% sobre lucros e dividendos distribuídos a pessoas físicas com ganhos acima de R$ 50 mil mensais.
📌 Introdução
Uma das mudanças mais comentadas no cenário tributário brasileiro acaba de avançar no Congresso: o projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil por mês e cria uma alíquota de até 10% sobre lucros e dividendos pagos a pessoas físicas com rendimentos acima de R$ 50 mil mensais (equivalente a R$ 600 mil anuais).
A medida tem impacto direto sobre empresários, médicos, provedores de internet, arquitetos e profissionais liberais — tanto para quem se enquadra na nova faixa de isenção quanto para quem precisa se preparar para o aumento da carga tributária sobre rendas elevadas.
Neste artigo, explico quem vai se beneficiar, como será a nova tributação, quando entra em vigor e como planejar suas finanças para aproveitar as oportunidades e evitar surpresas.
🟢 Quem será beneficiado pela nova isenção
✅ Faixa de isenção
• A proposta define que, a partir de janeiro de 2026, pessoas físicas com rendimentos mensais de até R$ 5.000 ficarão isentas do Imposto de Renda.
• Quem recebe entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350 terá uma redução gradativa da tributação, ou seja, uma faixa intermediária com desconto parcial.
• Acima de R$ 7.350/mês, continua a tributação progressiva tradicional.
Essa mudança beneficia trabalhadores e pequenos empresários que atualmente pagam IR mesmo em faixas menores de renda, trazendo alívio fiscal para milhões de brasileiros.
🔴 Tributação para rendas altas: o novo foco do governo
A contrapartida da ampliação da isenção está no aumento da tributação sobre lucros e dividendos.
De acordo com o texto aprovado:
• Pessoas físicas que recebem lucros e dividendos acima de R$ 50 mil por mês (ou R$ 600 mil por ano) passarão a pagar 10% de Imposto de Renda sobre o excedente.
• Essa cobrança será retida na fonte, diretamente pela empresa que distribui o lucro.
• A regra começa a valer a partir de 1º de janeiro de 2026.
Até então, o Brasil era um dos poucos países do mundo que não tributava lucros e dividendos distribuídos a pessoas físicas, o que agora muda para equilibrar o sistema e compensar a nova faixa de isenção.
🕒 Quando entra em vigor
As novas regras passam a valer a partir de janeiro de 2026, desde que o projeto seja sancionado ainda em novembro de 2025.
Ou seja, a declaração de IR de 2027, referente ao ano-base de 2026, já trará essas atualizações.
👉 Dica prática: lucros e dividendos distribuídos até 31 de dezembro de 2025 ainda seguem isentos de IR, conforme as regras atuais. Portanto, pode ser vantajoso planejar a distribuição antecipada com seu contador.
💼 O que muda na prática para empresários e sócios
Para quem ganha até R$ 5 mil
• Isenção total do IRPF a partir de 2026.
• Possibilidade de reorganizar a remuneração (pró-labore + lucros) para otimizar os ganhos dentro do limite de isenção.
Para quem tem rendimentos médios (até R$ 7.350)
• Redução gradativa da carga tributária.
• Necessário revisar o enquadramento tributário e o pró-labore para aproveitar a faixa de transição.
Para quem tem alta renda
• Lucros e dividendos mensais acima de R$ 50 mil serão tributados em 10%.
• Importante ajustar o planejamento societário e revisar as formas de distribuição de lucros, especialmente em clínicas médicas, escritórios e provedores de internet.
• Recomenda-se aprovar distribuições ainda em 2025 para evitar a incidência do novo tributo.
⚖️ Pontos de atenção e planejamento contábil
1. Separação correta entre pró-labore e lucros: fundamental para não confundir rendimentos isentos e tributáveis.
2. Controle das datas de distribuição de lucros: o momento da aprovação influencia diretamente a aplicação da nova alíquota.
3. Revisão societária e contábil: empresas com sócios de alta renda devem reavaliar contratos e escrituração para evitar autuações.
4. Acompanhamento da sanção presidencial: a confirmação da lei definirá oficialmente os prazos e percentuais finais.
💬 Conclusão
A nova regra da isenção do Imposto de Renda representa avanço para quem ganha menos, mas também alerta para quem tem rendimentos elevados.
Empresas e profissionais precisam agir agora para avaliar o impacto financeiro e tributário das mudanças.
📊 Planejar é sempre mais vantajoso do que reagir.
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